quarta-feira, 30 de julho de 2014

CASE: Com logística lean, Nike evita 20 novos centros de distribuição na Europa

Há cerca de três anos, um estudo recomendou à Nike, uma das maiores marcas de artigos esportivos do mundo, que a empresa deveria criar, na Europa, pelo menos 20 novos "centros de distribuição", para assim conseguir distribuir, com eficiência, as encomendas na Europa, África e Oriente Médio.
"Nosso maior ganho foi, justamente, decidir, naquela época, pela implementação do Sistema Lean. Pois foi exatamente isso que fez com que não precisássemos abrir os 20 novos centros de distribuição, para conseguirmos processar com eficiência as encomendas do nosso 'mercado digital'", lembra hoje, com orgulho, Alex Andrade, Diretor de Logística da Nike.
Alex explica que foi há cerca de três anos que o Sistema Lean começou a ser aplicado em toda a cadeia de logística do centro belga de distribuição da Nike, com o objetivo de "conseguir atender o mercado digital e também grandes clientes", sem necessitar, para isso, "pulverizar" a distribuição.
Com isso, além de evitar o investimento em pelo menos 20 novos centros, a empresa já conseguiu, até o momento, detalha Alex, uma redução de 25% de área de processos no local. Reduziu ainda em 65% seu lead time interno. E conseguiu dobrar a capacidade de "receber e de entregar" produtos.
"Este ano criamos a nossa segunda planta modelo, parte do complexo belga de quatro plantas, e o investimento na infraestrutura foi realizado com apenas 5 milhões de dólares - em vez de 75 milhões utilizados anteriormente em um Centro de Distribuição sem a aplicação do Nike Logistics System, ou seja, o Sistema Lean aplicado à logística da nossa empresa", resumiu o executivo brasileir.
Ao implementar o Nike Logistics System, explica Alex, a companhia precisou redesenhar todos os seus processos de logística - sempre sob a ótica do Sistema Integrado.
Os conceitos aplicados foram, por exemplo, a separação "homem-máquina", a automação na medida certa, o nivelamento do trabalho, por meio do heijunka box, a implementação do andon e a flexibilização, para atender às novas características dos pedidos dos clientes.
Com o Sistema lean, a empresa modificou uma série de processos do centro de distribuição. Por exemplo, o "Planejamento de Distribuição", que era de 24 horas e diminui para 1 hora. Ou o Working in Process, o inventário de processo de trabalho, que obteve uma redução de 92%.
Além disso, detalhou Alex Andrade, a empresa redesenhou a estratégia de "liderança e coaching" entre os colaboradores: os "supervisores", funcionários com capacidade de resolver problemas, tiveram seus quadros aumentados de 1 a cada 42 funcionários para 1 a cada 5 funcionários, com a ajuda de "capitães de time".
"O Sistema Lean tem sido fundamental para a logística da Nike", resumiu o executivo.

Fonte: Lean
Acesso em:  http: www.lean.org.br

terça-feira, 29 de julho de 2014

Armazenagem e Transporte

A armazenagem é determinada como todo o trâmite de atividades relacionado à recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de todos os tipos de materiais e matérias-primas, produtos acabados ou semi-acabados. A manipulação de materiais refere-se ao carregamento, movimentação e descarga de materiais, muitas vezes utilizando equipamentos mecânicos ou dispositivos de transporte.
Sistemas de manuseio de materiais variam de transportadora para transportadora, mas a maioria delas trabalha com os mesmos tipos de equipamentos, como guindastes, guinchos, contêineres e caminhões.
Para se fazer o transporte adequado de cada tipo de mercadoria, deve-se levar em consideração fatores como peso, tamanho, tipo de material com o qual o produto é feito e seu grau de fragilidade. Todos esses itens estudados em conjunto é que determinam qual o tipo de sistema de armazenagem, manuseio e transporte será adotado, a fim de que a mercadoria não sofra nenhum dano.
No caso do transporte, outra questão a ser levada em conta é a distância do local de origem até o local de destino, sem contar os prazos de entrega. Dependendo do local de destino e do tempo de entrega, a transportadora pode optar entre trabalhar com transporte terrestre, marítimo, aéreo ou ferroviário.
No setor industrial, a taxa de frete a que os produtos são submetidos quando há deslocamento, muitas vezes, é uma fonte de preocupação, porque afeta tanto os custos quanto a eficiência de produção. Além disso, a segurança é um fator importante, especialmente quando o transporte relaciona-se à movimentação de materiais sensíveis ou perigosos.

Sistema de armazenamento e transporte em ambiente logístico.
Sistema de armazenamento e transporte em ambiente logístico.

O manuseio e a armazenagem de material a granel, incluídos grãos, minérios e outros resíduos, envolvem equipamentos para mover produtos soltos, leves, pesados ou alfandegados. Geralmente, isso se faz com a utilização de equipamentos de maior escala, tais como elevadores, guindastes, empilhadeiras, e os containeres ou pallets de carregamento.
Outra preocupação é armazenagem de produtos que devem estar sempre refrigerados. O armazenamento é algo que as empresas podem investir muito dinheiro, especialmente se o produto precisa ser alojado em condições específicas. Para fornecedores, distribuidores, fornecedores médicos e muitos outros ramos de negócios, o armazenamento refrigerado, assim como o transporte refrigerado, são a única maneira de manter o produto em bom estado de conservação. Algumas empresas constroem salas apropriadas que podem ser mantidas a uma temperatura específica, outras só precisa se preocupar com curto prazo de armazenamento e de transporte para eventos ou funções especiais.

Contêiner refrigerado para armazenagem e transporte de produtos frescos.
Contêiner refrigerado para armazenagem e transporte de produtos frescos.

Contêineres refrigerados tornaram-se um método de armazenamento incrivelmente popular. Mais opções de armazenamento estático, os compartimentos são capazes de ser transportados, modificados e alugados, em vez de comprados. Os benefícios sobre outros métodos são enormes, mas algumas empresas ainda precisam de um método mais rentável para o uso pouco frequente. Enquanto os modelos de contêineres refrigerados são mais baratos do que outras opções, eles ainda são um grande investimento para empresas que trabalham com produtos frescos.
A contratação de um recipiente pode poupar o seu dinheiro negócio se você não precisa dele para o uso diário. Contêineres refrigerados podem custar perto de 6500 NZD por uma cerca de 20 pés, eles não são um pequeno investimento. Para uma empresa de catering que trabalha geralmente com funções privadas, a contratação de um recipiente para um largo grande trabalho é um método de baixo custo para armazenamento e transporte.
Para os distribuidores, que devem transportar lotes de produtos frescos, o aluguel de um contêiner de refrigeração pode ser um bom negócio, já que a manutenção do compartimento fica por conta da empresa locadora e a empresa só investe dinheiro quando precisa do serviço. Alguns distribuidores optam por comprar um recipiente para o transporte, mas sua versatilidade permite-lhes facilmente ser usados como uma opção estática também. 


Fonte: Armazenagem e Transporte
http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/categoria/armazenagem-e-transporte/

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Diretor da CargaViva Export comenta sobre transporte aéreo de animais

- Quais são os maiores desafios quando se trata de transporte aéreo de animais?
São muitos desafios, pois o preparo para isso é muito longo. Por exemplo, cada país tem sua legislação a respeito do transporte de animais, e ainda por cima referente a cada espécie, o que aí já dificulta muito o procedimento. De cavalos, a gente precisa de, no mínimo, 45 dias para poder embarcar o animal. Ele tem que passar por uma série de exames laboratoriais aqui no Brasil, e tem que haver um entrosamento entre as exigências da lei e a companhia aérea. Para animais pet, alguns países são bastante exigentes. Por exemplo, nos EUA eu consigo até transportar um cão em quatro dias. Já na Europa, eu preciso de pelo menos quatro meses de burocracia; e no Japão, seis meses. Isso acontece porque alguns países exigem alguns exames e existe uma carência, por isso em alguns lugares exist e essa demora. E também outra particularidade é a Suíça, pois é um país que tem um respeito muito grande pelo direito dos animais. Então, animais que têm orelha cortada ou rabo cortado não podem entrar naquele país. Além disso, algumas raças são vetadas, como Pit Bull e Fila Brasileiro, as quais são consideradas agressivas.
- Atualmente, como está o mercado no Brasil?
O mercado de pet, hoje, é mais de exportação. É principalmente voltado para as pessoas que tem um animal de estimação e estão mudando para outro país. Esse é o volume maior no atual momento do nicho. Já o cavalo, por exemplo, é o inverso, ou seja, mais entra cavalo do que sai. E a demanda por cavalo é mais comercial. Nesse ano, em relação às importações, a gente já está sentindo certa queda. No ano passado foi importada uma grande quantidade de cavalos. Essa queda ocorre por conta da influência da queda na economia de vários países, por isso o pessoal está um pouco com o pé no freio. Por outro lado, a projeção para o próximo semestre é recuperar o volume e tentar balizar com o do ano passado. Em relação à exportações de pet, o crescimento é constante, em torno de 10% ao ano.
- Dentro do nicho, qual modalidade (turismo, comércio, esportes) conta com maior demanda e rentabilidade?
Importações de cavalos, a modalidade com maior demanda é para competição, e também para reprodução. Agora, para animais pet, é realmente mudança.
- O Brasil está bem preparado para lidar com essa logística?
Só para você ter uma ideia de como o Brasil está atrasado com a logística no segmento de transporte de animais, é mais fácil eu colocar um animal no exterior do que eu transportar um animal brasileiro via aérea para qualquer lugar do Brasil. Então, de São Paulo para Nova Iorque é mais fácil que transportá-lo de São Paulo para Florianópolis. Isso acontece por causa das companhias brasileiras, que não estão estruturadas para transportar animais, seja de pequeno porte ou grande porte. Já no caso das internacionais, normalmente elas têm um departamento voltado somente para isso, que sempre está estudando todos os procedimentos possíveis de uma série de espécies. E o entrave maior é que em tempos de crise, esse tipo de carga é a que sempre aponta para o crescimento na movimentação.
- E a legislação no Brasil, em relação de animais que vêm de fora e são trazidos para o nosso país? Como funciona?
Como aqui é um país que tem bastante doença, ele não tem condições de exigir muito de quem traz animal para cá. Falando de pet, exige-se que o animal tenha a vacinação contra raiva em dia. Por outro lado, países como a Austrália não aceitam animais que vem do Brasil, pois aqui existe a doença de raiva, e como lá o problema está controlado, eles nem aceitam o pet.
- Há uma espécie mais complicada para se consolidar uma operação, além de cavalos e pets (cães e gatos)?
Animais bastante burocráticos são aqueles geneticamente modificados, voltados para pesquisas, ou seja, roedores como camundongos. Por eles serem geneticamente modificados, existe um protocolo muito rigoroso a ser seguido. Então esses são uns dos mais difíceis. Porém, podemos incluir também aves. O Brasil, por ser o maior exportador de carne de frango, ele tem muito medo de trazer para cá algum animal portador de gripe aviária. Caso isso ocorra, no dia seguinte, todas as exportações são canceladas, e aí pode haver uma queda bastante séria de toda a cadeia, desde fabricantes de ração até os transportadores.
- Você tem algum conselho para quem planeja viajar levando consigo algum animal? Existe algum perigo de o animal ser impedido de viajar no momento do embarque?
Existe esse perigo, sim. É muito comum ver gente que chega no aeroporto sem nenhuma informação a respeito, que apenas fez a reserva na companhia aérea e chegou no terminal sem documento nenhum. O animal não embarcará. O que eu aconselho é que essas pessoas procurem alguma empresa especializada no procedimento para adquirir as informações corretas. Além disso, é necessário se planejar pelo menos dois meses antes do embarque. Vamos supor que a pessoa até conseguiu embarcar o animal. Chegando no destino, é feita toda a conferência documental e física do animal. Se nesse caso tiver qualquer problema, podem ocorrer três coisas: uma, é ele ser devolvido no primeiro voo para a origem; na segunda hipótese, ele pode ficar sob observação em uma quarentena; e por último, ele pode ser até abatido no terminal. Essa terceira opção eu nunca vi acontecer, mas todos os países têm esse direito de abater o animal casos o profissional suspeite de alguma doença.
Fonte: Transporta Brasil 
www.transportabrasil.com.br

quinta-feira, 3 de julho de 2014

logística reversa


Tanto se ouve falar em Logística reversa, mas você sabe o que é?

logística reversa é "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação.