quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ferrovias resistem à crise e prometem investir R$ 7 bi em 2015

A oferta de novos serviços, combinada com o preço mais em conta do frete ferroviário, estimula embarcadores a trocar o caminhão pelo trem Lidando com um aumento do volume de cargas transportadas, que resiste ao tombo da atividade econômica, as concessionárias de ferrovias devem fazer um investimento recorde de R$ 7 bilhões neste ano. Obras como a duplicação da Estrada de Ferro Carajás, a construção da Transnordestina e a implantação de terminais intermodais voltados ao agronegócio impulsionam os desembolsos.
As projeções foram feitas pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e não englobam valores que ainda podem ser destravados com a renovação antecipada das concessões ¬ objeto de negociações com o governo. Neste ano, a movimentação de cargas transportadas deve aumentar 2,4% e superar o volume pré¬crise, alcançado no fim da década passada. O indicador de produção do transporte ferroviário também vai crescer em ritmo semelhante e atingir 315 bilhões de toneladas por quilômetro¬útil (TKU), segundo previsão das concessionárias.
"O setor tem conquistado ganhos de produtividade e eficiência", afirma o diretor institucional da ANTF, Fernando Paes. Segundo ele, as empresas têm investido na oferta de serviços novos, como os vagões duplos (double decks) da MRS Logística. Outras concessionárias apostam na redução do tempo de carregamento do minério e de grãos.
Para a ANTF, uma das razões que explicam o crescimento da carga é o preço do frete ferroviário, em torno de 15% a 20% abaixo do rodoviário em muitos trechos. Em períodos de economia aquecida, a tendência dos empresários é privilegiar o menor tempo de entrega das mercadorias e optar pelos caminhões. Na crise, quando há mais flexibilidade para cumprir prazos, os trilhos tornam-se atrativos para quem normalmente não usa esse modal.
Fonte: Valor Econômico

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